A Copel e suas subsidiárias integrais Copel Distribuição e Copel Geração e Transmissão foram contempladas com o Selo Sesi ODS 2021, iniciativa que incentiva o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Paraná.
A certificação destaca ações que dão ênfase à disseminação de informações e à mobilização de todos os setores da sociedade para incentivar o engajamento à Agenda 2030 da ONU.
Para participar, as empresas e instituições apresentaram projetos que tenham como objetivo contribuir para alcançar pelo menos um dos 17 ODS – lista de metas e planos de ação para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir paz e prosperidade para todos até 2030.
Um dos projetos da Copel GeT ficou entre os cinco finalistas do Prêmio SESI ODS 2021, vencido na categoria indústria de grande porte pela Engie Brasil Energia.
A iniciativa finalista é coordenada pela analista socioambiental e socióloga, Franciele Alves da Silva, e articula diversos atores sociais no desenvolvimento de um protocolo de consulta e de ação, nos termos da Convenção 169 da OIT, junto à comunidade da Terra Indígena Apucarana, onde está localizada a Pequena Central Hidrelétrica Apucaraninha, que ampliou o acesso da comunidade a direitos sociais vinculados ao CadÚnico, incluindo a Tarifa Social de Energia.
A Copel paga anualmente uma compensação financeira à comunidade indígena, estabelecida por um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). Desse montante, é descontado o consumo de energia e os valores remanescentes seriam depositados em conta bancária para uso da comunidade, o que não vinha ocorrendo porque os gatos com energia superam o valor da compensação.
Para melhorar essa situação, foi realizada uma força-tarefa envolvendo Copel e Secretaria de Assistência Social (SAS) de Londrina visando regularizar a situação cadastral das famílias e incluí-las como beneficiárias da Tarifa Social de Energia. Primeiro, foi executando um protocolo de consulta em três etapas: apresentação da proposta para a comunidade indígena pela Copel e pela Funai, discussão das propostas na comunidade com apoio da Funai e encaminhamento dos resultados para o Ministério Público Federal (MPF) e Copel.
Definido o plano de ação, todas as famílias foram visitadas por técnicos da Copel para realização de saneamento cadastral, atividade que também contou com acompanhamento de representante da comunidade indígena para mediar a interlocução em idioma nativo com as famílias. A partir desse trabalho, foram realizadas obras de expansão de rede e individualização das entradas de serviço. A SAS Londrina, por sua vez, realizou mutirões de busca ativa para atualização de dados do CadÚnico das famílias. A experiência resultou ainda na implantação de protocolo de acompanhamento mensal das informações dos cadastros de consumidores e das atualizações do CadÚnico. Entre 2019 e 2020, houve um aumento de 58% nos beneficiários da Tarifa Social de Energia na Comunidade da Terra Indígena Apucarana.
O cacique de Apucaraninha, Natalino Jagu Marcolino, destaca a importância da parceria com a Copel: “Colocar os postes foi muito bom para a comunidade, tinha casas que ficavam sem luz e outras que a energia ficava caindo porque tinham os rabichos. É muito importante continuar esse trabalho, pois a comunidade precisa”, diz.
Outros projetos
A Copel também inscreveu os projetos Cultivar Energia, que viabiliza hortas comunitárias sob linhas de energia, e Oficina de Brinquedos, que já beneficiou 15 mil crianças com a entrega de brinquedos reformados.
O Cultivar Energia Pelo tem pelo menos 270 famílias diretamente beneficiadas pela iniciativa, que consiste na implantação de hortas comunitárias sob linhas de alta, média e baixa tensão da Companhia, permitindo um uso seguro e nobre dessas áreas.
Já a Oficina de Brinquedos visa arrecadar e recuperar brinquedos usados, que posteriormente são doados para as crianças da comunidade, a fim de promover o direito de brincar conforme preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 16.
Empregados da Copel, aposentados, familiares e amigos da comunidade participam de forma voluntária, arrecadando os brinquedos e fazendo as reformas necessárias como a lavagem, eliminação de manchas, costura, consertos de peças. Os empregados da ativa da empresa podem utilizar até 4h de sua carga horária profissional mensal, para as atividades nesse ou em outros projetos de voluntariado.
Outro projeto que concorreu este ano é desenvolvido em Castro (PR), na região da Linha de Transmissão 230 KV Bateias–Jaguariaíva, com objetivo de estudar e contribuir para a conservação da espécie muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides), classificada como criticamente ameaçada de extinção. Um grupo de muriquis foi registrado à época da implantação do empreendimento em 2002 – um achado pioneiro para a espécie no Paraná e representou a expansão do limite sul da área de vida da espécie. Em 2019, a Copel deu continuidade das ações de monitoramento e conservação e, até o momento, o projeto já identificou cinco novos grupos na região, realizou análises genéticas e descobertas relevantes de novo comportamento da espécie, gerando importantes contribuições à ciência.
ODS
Em 2015, líderes mundiais reuniram-se na Organização das Nações Unidas (ONU) e desenvolveram metas e planos de ação para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir paz e prosperidade para todos. Para isto, foram pensados 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Esta lista de tarefas objetiva que, até 2030, seremos a primeira geração a erradicar a pobreza extrema, além de proteger o planeta de efeitos adversos da mudança climática.
